Publicado em
17 Nov
2020
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Black Friday: o que esperar em 2020?

Fonte: @karolina-grabowska

Dizer que 2020 tem sido um ano atípico… não é suficiente. A pandemia e a resultante crise económica transformaram cada aspeto das nossas vidas. No caso particular do comércio, mudaram-se comportamentos e prioridades. Fatores como disponibilidade, conveniência e poupança tornaram-se preponderantes na escolha do consumidor.

De facto, desde o início, a Covid-19 despoletou uma migração em massa para o online, razão pela qual marcas de todas as indústrias mudaram inevitavelmente de estratégia ao longo dos últimos meses.

Num estudo levado a cabo no UK, ainda que 45% dos inquiridos demonstrem menos interesse pela Black Friday este ano, só 26% disseram que vão gastar menos face ao ano anterior. Nesta Holiday Season, assistimos a uma transformação também em Portugal, quer nos hábitos de compra de milhares de portugueses, quer na resposta das marcas. Vejamos alguns exemplos de tendências ecommerce e aspetos críticos da Black Friday em 2020.

Novos padrões de consumo

O comportamento do consumidor mudou mais rápido do que nunca, com mais clientes a comprar online e em segmentos novos como mercearia e artigos para o lar.

No caso específico da Black Friday - marcada para 27 de novembro, mas com promoções agora a decorrer durante todo o mês -, observa-se uma escolha crescente pelas compras planeadas com antecedência em detrimento das típicas compras de última hora. Do mesmo modo, pesquisar online e depois comprar em loja deixa de ser uma opção popular, ao contrário de anos anteriores.

Black Friday: novos padrões de consumo

De acordo com o estudo da Worten e Netsonda, 36% dos portugueses tencionam fazer compras exclusivamente online. Além disso, cada consumidor planeia gastar 321,61 euros ao aproveitar estes descontos, apesar do contexto da pandemia.

Em 2020, o top de produtos mais desejados continua liderado pela tecnologia, uma categoria procurada por 62% do público masculino. Seguem-se os artigos de moda e acessórios, procurados por 61% do público feminino. Em terceiro lugar surgem os eletrodomésticos.

Gift Cards

Estes cartões-presente digitais têm como grande vantagem apelar a diversos tipos de consumidor e são várias as formas de incluir o gift card como estratégia de marketing nas campanhas de Black Friday e Cyber Monday.

Desde aumentar o tráfego no website, a atrair aqueles que já são clientes fiéis, ou então retomar o contacto com outros, até aumentar o ticket médio e encorajar compras recorrentes, os gift cards podem fazer a diferença consoante o objetivo estabelecido.

Black Friday: Gift Cards

No primeiro confinamento, houve, de facto, aumento drástico na procura de gift cards digitais. Se, por um lado, os consumidores gastaram menos em média por cartão, por outro, compraram muito mais desde o início da pandemia. Por isso, ainda que esta estratégia represente alguns desafios, esta opção pode tornar-se numa fonte de receita significativa.

Gestão de inventário

Se olharmos para as campanhas de Black Friday de uma forma integrada, gerir o inventário, antecipar a procura e controlar as integrações logísticas no ecommerce são das principais estratégias que permitem maior organização e enfoque na user experience.

Uma gestão de stocks eficiente é obrigatória em qualquer loja online, especialmente se for multicanal, já que a sincronização das quantidades em armazém com os canais de vendas em tempo real se torna crucial. Esta realidade é ainda mais decisiva em períodos com picos de vendas online.

Black Friday: Gestão de inventário

Sem recursos como um ERP ou Warehouse Management System, corre-se o risco de comprometer a faturação. Por exemplo, os produtos podem revelar-se insuficientes para alimentar a procura ou podem até aparecer como esgotados quando na realidade estão em stock.

Menos experiências, mais presentes tradicionais

É caso para dizer “back to the basics”! Depois de anos a preferirem-se experiências como viagens, eventos desportivos e espetáculos, neste ano espera-se que se ofereçam presentes mais palpáveis, entre os quais equipamentos eletrónicos e brinquedos.

São escolhas que passam não só pelas preocupações crescentes com o consumismo e a pegada ambiental, mas também pela necessidade de ficarmos em casa. Em 2020, prevê-se, assim, que mais pessoas enviem pequenos presentes para familiares e amigos pelo correio.

Da mesma forma, tradições entre colegas de trabalho como o Amigo Secreto também devem cair no esquecimento, já que grande parte da população continua em teletrabalho.

Black Friday: Menos experiências, mais presentes tradicionais

Como há muito se vinha a anunciar, o comércio eletrónico tornou-se no principal canal de vendas em Portugal, sendo que as pesquisas dos portugueses sobre compras online cresceram - entre janeiro e julho de 2020 - 2,2 vezes mais em comparação com o mesmo período no ano passado.

Se dúvidas houvesse, o público português está cada vez mais recetivo a novas formas de comprar. Já que a inclinação para mais compras online é transversal a todas as categorias de produtos e veio para ficar, importa agora perceber como tirar o maior partido desta tendência.

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